ear

Bm G D A
Não passo nem um dia
Sem pensar se n'outro dia
Que pode ser amanhã
Talvez seja amanhã
Que eu vou te encontrar
Vou te pedir
Vou te mostrar
E então você vai querer
E vai pedir um reencontro
Bb F
Que se farão em mil reencontros
E o mundo se fará de despedidas
Com certezas de encontros
Com certeza de carinhos
C D
Com certeza, eu estou pronto
Para o que der e vier
Se você quiser e puder
Eu vivo e deixo você viver

Mas que a vida seja assim
Com eu pra você, e você pra mim
Que não pensemos em fim
Que só pensemos em viver
Mas que não haja outra vida
Sem ser a de estar sempre junto
Do braço da minha querida

Daniela,

A rainha da alegria!
à rainha da alegria:

Sorriso de poesia
Faz desabrochar uma flor
Ela é a própria alegria
Ela carrega o amor
No sorriso
No dia
Preciso

Se quero sorrir
Ligo pro telealegria
Se quero fugir
Ligo pro telealegria

Fujo pra felicidade
Você não está sozinha
Abram as portas do reino
Que você é a rainha

Da alegria


ônibus perdi a contagem

"Sou pequeno você é maior! Você me humilha, você me humilha! E quanto mais eu morro, você mata... Nem se importa se somos amigos. Mas lhe respeito e lhe trato com tanto carinho. E o que recebo? O que vale mais?"

Igor Filus

Eu, vivo... tão pequeno!
Um absurdo de veneno
De um frasco uniforme
Um fiasco! Um coliforme

Sou tua dificuldade inteira
Mas nem sabes quem talvez eu seja
Sumo de tua vista,
me perco de tão pequeno

Enquanto você, se esquece de mim
E cresce enquanto dorme
Cresce enquanto dorme,
Cresce enquanto dorme,
Pra não me achar
E se esconder de tão grande
Ou só pra me acabar

ônibus 3

"Ah, por que eu to tão sozinho? Ah, por que tudo é tão triste? Ah, a beleza que existe é a beleza que não é só minha. Que também passa sozinha!"
Jobim

As flores em todos os lugares
Em todos amores, em todos os bares
Em todos os dias, em todo o amanhã
Na casa vazia, em todo divã

Vejo flores quando antes via o amor
Vejo florers como quem vê luz do sol
Flor pra mim não é farol!
As vi num epitáfio de uma atriz

"Aqui jaz flores por um triz
Não são flores de raíz!"

Brotam, morrem
Germinam, morrem
Ressecam, morrem
Flores... tão flores
e tão mortas

ônibus 2

"Ah, se tu soubesse como eu sou tão carinhoso, e o muito muito que te quero.
E como é sincero o meu amor, eu sei que tu não fugirias mais de mim.
Vem, vem, vem..."
Pixinguinha

Finca-me teu sorriso em sonho vivo
Atravessa o meu dorso
Quebra minhas vértebras
Asfixia meu pulmão
Rouba minhas lágrimas
E devolve meu coração

Sou todo, em partes, teu!
Fatia-me, vai junto a panela
Me prepara à cabidela
Quem dera que eu fosse teu sonho
E que fosses minha donzela
Quem dera
Que será?

ônibus

Descaso

Meu corpo: um turbilhão de pensamentos meus
Sobre minhas atuações debaixo da lona envolta
Sou só mais um debaixo dela
Não tenho nenhum tentáculo
Coadjuvante do espetáculo
Paranóia de lambanças
Melhor festa pra crianças
(Das que não sabem brincar)

Totalmente corruptível
Não acho graça dos Toulos
Pois toulo sou em também
Espero não ficar aquém
Para servir de consolo
No circo de seu ninguém

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"Eu sem você não tenho porquê
Porque sem você não sei nem chorar
Sou chama sem luz, jardim sem luar
Luar sem amor, amor sem se dar
Eu sem você sou só desamor
(...)
Sem você meu amor eu não sou ninguém"

Vinícius de Moraes

(Coletânea)

Como isto aqui anda bastante entediante, colocarei textos passados, do blog inativo, apenas para me entreter mais.

10 de Janeiro:
"Eu não sei se quero amar, ou se quero sofrer"

14 de Janeiro:
"Talvez eu seja o idiota que todos falam. Ou talvez não, seja realmente sem talvez. Perco tempo, e quando faço uma escolha, me arrependo antes de fazê-la, pois sei que não é a que realmente quero, mas sei que é a melhor para mim."

19 de Janeiro:
"Há muito eu queria ter cortado qualquer tipo de relação e/ou envolvimento com o sentimento que dá a salvação.
Sem amor, não há decepção. Amor a qualquer um, o de graça, o conquistado.
Nenhum destes mais.
A ninguém, em troca de paz.

Sem amor, sem confusões."

26 de Janeiro:
"Estou enrolado
Mais confuso que teus cabelos
Caracóis nos devaneios
A mente alisa minha mente
Eu sei que você não sente
Mas vai sentir

Te chamarei de meu bem
Te chamarei de querida
Eu desenrolando os teus cabelos
E você desenrolando minha vida"

27 de Janeiro:
"Fascinado frequentemente
Finalizado, flagrado furtando
Furtou, foi fuzilado felizmente
Fascínora foi finalizado falando"

14 de Fevereiro:
"Na verdade, há uma moça bonita na minha cabeça, é com certa timidez que a revelo. Eu não sei nem sequer descrevê-la para vocês, mas saibam que é linda, ou não é. Mas sei que é, porque sempre as acho assim. {Vão relacionando essa parte com aquela parte que não faz sentido}. Tenho usado muitas chaves no caderno, tá virando uma mania chata. (...) Voltando para a moça bonita, não sei se é só moça, ou só mulher, mas como aquela poesia (aquela famosa, que é a minha "ela" para minha "Ela") não sei se com ela sou menino, ou se com ela sou caba 'ome'."

15 de Fevereiro:
"Amadeus só amava. Amava bem, para falar a verdade. Era daqueles apaixonados, que vidrava-se nos olhares de suas meninas."

"Eu sou a nuvem, eu sou suas lágrimas
E o brilho verde sutil dos seus olhos
Mas se não chora, estou escondido
E quero passar-me dos seus
(Para os meus)"

25 de Fevereiro:
"Esse aqui é só para reclamar de quão distante são estas casas de alguns meses para cá. 2 ônibus na ida, 2 na volta. Dormidas no ponto, estresse, antecipação... Pior é agora que não sei nem onde é essa danada dessa parada."

19 de abril:
"Eu gosto das reclamações dela. Todos gostam do olho dela, mas o que eu mais gosto é de quando ela o vira desconversando com o olhar. Foge de mim com o olho, e me procura quando não quero enxergar. Se ela me engana, me engana melhor que qualquer um que já me enganou. Mas prefiro achar que não."

Readaptar

Você diz: não vem que não tem!
Guarde um pouco de felicidade pro mês que vem.
Faceira guardiã do pensamento
Transforma tuas preces no meu tormento

O meu corpo está guardado em um celeiro
E você quer antecipar fevereiro
Não pense que eu sou um banal
Sou apenas libertador do carnaval

Se eu te peço, e você não resiste
Te garanto, estou mais triste
Acredito que não é saudade!
Eu já desconheço a liberdade

Bobeira, marquei descaso
Você me deixou cedinho
Esquece de qualquer cansaço
E se manda a fugir com o vizinho
Fujo, não minto
Volto quando puder!

carrego

Carrego os olhos da tristeza
Pra não ser reconhecido
Não que tenha mentido!
Espero que fiques surpresa

Mesmo que eu seja o culpado
Da culpa que tu carregas

Levo o fardo do teu zêlo
Que tu expele de reclames
Não espero que me ames
Tanto quanto eu quero vê-lo

Assim como quem me sustenta
Pela culpa que tu carregas

Trago o poder da mudança
Trago também um cigarro
Fumaça de completo escarro
Que te inibe a esperança!

Espera que eu faça algo
Com a culpa que tu carregas

Não tens dever de ensinar-me
Nem tenho o que aprender
Quero te surpreender
Antes que você me desarme

Me tira a dor e a tristeza
E tua culpa, tu me entregas

música rápida de madrugada

G7m C#7 Cº Bm Bm/A
Perdi o meu amor na avenida
Ela se escondeu no vácuo
Que atropelava asfalto
Me calei no alto de sua solidão

Andei por 100 esquinas
E parei em todo bar que vi
Nem sei nem mais o que bebi
Procurando meu amor

E ela não sabe que é
O amor da minha vida
Se perdeu na avenida
Só pra eu ter o que fazer

Eu, urbano e solitário,
nunca estive apaixonado
O sinal está parado
Para aqueles que querem amar

G7m A7m C7m
E eu quero amar,
só pra sentir saudade
Ouvir o ruído da cidade,
O passo da multidão
A batida do coração
Hegemonia mundial!
Sentimento sem rancor
num momento crucial
Em que me peguei com amor

Achei o meu amor na avenida
Ela não sabe que é minha
Se mandou em uma linha
De transporte coletivo
To vivo
Pra achá-la por aí



Sexta-triz

Deveras, um desvalido
Já posso ser chamado de mendigo
Um ébrio com as mãos ocupadas!
Você com a cabeça vendada
De esperança vendida que não te comprei
(te roubei!)

Carregava um copo de uma bebida forte
E também, o que sobrou no meu peito
Te dei pra tentar consertar
Mas disseste que não havia defeito
(Devolveu meu coração, então)

Ao invés de cortar o mal pela raíz,
Só me introduziste mais mal
Foi um dia como em um carnaval
Minh'alegria está por um triz!

Estás com meu corpo colado,
E agora não posso mais andar sozinho

Lágrimas Futuras

Sinto que ajo com o mal
Logo eu, que só queria amar!
Fato é, que o amor traz o vício
Não sobrou um resquício daquele penar
Tampouco um pedaço de pano sequer para enxugar
A lágrima futura que irei provocar

Há muito confiava em mim,
Sou como um desses quaisquer
Inútil e vazio, sou eu!
Hipócrita demente eu sou
Logo uma mentira eu vou
Soltar, simultânea com teu show
Show de luzes ofuscantes
Só que as vê são os pedantes
E os que pedem um pouco d'água do mar
P'ra também um pouco poderem chorar

Já chorei também,
Mas não quero dar o troco no mundo
Meu coração tá na última cela do verão
Espero que não!
Espero que não!

Aos amantes,

Que amam até o sol nascer,
Se pôr, confusão de horários
Espero não ouvir tolices!
Só quem ama no sol é o eclipse
Só quem ama no verão são os bestas
Os bons deixam de amar com o mal,
Com o mal se ama um alguém qualquer
Com o bem, se ama homem, mulher...
Ama quem der e vier

Amo com o bem dentro do peito,
Pra não me enxer de vaidade
Logo faço uma caridade, e a esqueço
Publicando minha foto nos jornais
Não sei fazer silêncio
Mas sei amar os banais

Amai uns aos outros, assim como querem ser amados
Homes são tão relaxados... Não sabem amar

Aos amores,

Perdoai meus desacatos
Meus atos, meus fatos baratos
Que comprei numa feira
Sem eira, beira, cachoeira...
Aquilo que vos contei não existia!
Se credes, então, na verdade,
Ainda que seja tarde, sem alarde
Saudade de quando eu só omitia
Num dia, fazia, enxugava a pia
Mas não lavava as mãos!
Tal gesto, protesto! Não presto
Como um certo Pilatos prestou
Quem sou eu, meus amores?
Contei mil nomes, codinomes
Sobrenomes, telefones...
Menti, inventei, aborreci, chorei!
Foi tudo mentira!

Do "eu" ao "amo"
Confesso, e vos peço que me acreditem:
Pode faltar-me a luz do dia,
Mas de verdade, era só a poesia!

Coração de Nobre

Pois que todo nobre coração
que foi concebido o amor
Há de apenas amar
(E servir suas amantes!)

São todas loucas
Oriundas do infinito
Causadoras do conflito
De um nobre coração

Hão de apenas viver
(E servi-lhe de contradição)

Verão que tono nobre coração que ama,
Se torna um mero plebeu, que
Chora por desvalir-se em lágrimas!
Que ama, por desvalir-se em sonho
E só se vale, por tanto por ser medonho
Esquece da razão

Perguntas de outrora:
O que é "ser em vão"?
E o que mais vale na mão,
Um plebeu que só ama
Ou nobres sem coração?

ansiedade

angústia, ampreensão, tensão, tristeza, dor, sono, cansaço... são tantas coisas. não consigo pensar, só penso em chorar. câmbio.