Telefone

O telefone tocou novamente. Fui atender, e não era o meu amor.


Quem me dera ser o tempo
E passar correndo, sabendo
Que você me espera
Para poder me amar

Aos casais do verdadeiro amor:

Amem a si mesmos. Amem seu próximo. Ame seu companheiro. Ame o tempo.
(Sejam casais do tempo)

Pior saudade

A pior saudade
-Não existe pior saudade. Toda ela é ruim
(...)
-Como ia dizendo, a pior saudade
-É a que se mata todo dia.

Eze-quiel

Ele tá triste, se esconde de mim
Por que faz isso, menino?
Vai cuidar de tuas crias!

Vou nunca!

Aí fica sentado, observando a lua
Observando a lua
Observando a lua
Mas não há nenhum luar

É como se ter um olho
sem se poder olhar

Vem cá, vem!
Vou te tirar essas manchas...
Seu violão digital!

Caracol

Caracol me deixa enrolado,
o caracol foi cortado
E agora quer me convencer

Quem vai?
Quem vai?

"Alguém?"

Disse-me o professor.

Agora não sabe que eu que mando aqui.

Preparem-se

Tirinhas e pequenos versos sobre tudo. É a nova lei.






Não me destrua, amor!
Não nos destrua, amor!
Ian já foi derrotado
E foi derrotado de novo
Não me destrua
Não nos destrua

De novo não!

CML

-Geléia de uva
-TV globinho
-Batata frita na praia
-Vontade de não sair da rede
-Etiqueta do edredon
-Ouvir Arcade Fire
-RS
-Cara de bigode no violão

(acabaram minhas observações)

Frevo

Contagiado pelo carnaval, escrevi um frevo


"Desopilação"

Começo com um nome
Tua sede consome
Minha fantasia
Des-ALE-go-RIA
Des-arma meu fio
Acaba o meu dia
Minha folia

Nascia
No dia em que o amor morreu
A terra te dava o que já era seu
Prefiro omitir
De ti, desistir
Voar, esconder-me
Debaixo de tua cama
Fazer tua própria fama
Se não, fico louco na hora
Pensando que você outrora
Foi a mesma que nunca me amou

fck m lk yr mthr

Se a saudade mentisse
Sairía de sua boca, seu nome
Junto do tempo, passada
vontade da esperança
VOCÊ NUNCA ME CANSA
e eu nunca me canso de você

(não sei como)

Tinha de tudo pra esquecer
Só não tinha o querer
Com não tinha o seu
Aquele beijo que me deu
Senti uma leve repulsa
Dos lábios eletrizados
De atrito com outros lábios
Conduzido por uns larápios
Mas não induzidos por mim

Amor,
Te espero como fogo
Espera a brasa
Como rio esperando deságua
Te espero para te ouvir dizer "não"
Espero perder meu chão
Pedir pelo seu auxílio
Esperar o meu próprio exílio
Para ouvir de ti outro não

(eletroestática, 14 de fevereiro)

Perto da lagoa

"Acendo um cigarro e o vicio é tudo o que você deixou pra mim.
Você virou fumaça no meu peito
Nicotina entre os dedos
Minha marca preferida
Vou fumar você.
Enquanto o fogo queima nos meus olhos
Toda dor tem seu prazer
Respiro mais fumaça do que antes
Pra me lembrar de você vou morrendo devagar
E ficando em cinzas.
Meu corpo todo pede o seu calor
Mais um trago para me aquecer
Por tempo ainda resta a minha voz
E eu pretendo lhe dizer
Que vou Ter que lhe deixar
Pra Ter ar nos meus pulmões.
Eu preciso lhe apagar de mim."

China - Câncer

Não

Não tenho pra quem chorar,
Ou choro pra uma me deixar
Arrependido se peço ajuda
Pra me fazer voltar atrás
Que idéia mais absurda
A ti eu não venho mais

Não tenho pra quem chorar
Ou choro pra uma me deixar
Mais triste que já estou
Com pena de mim eu fico
No mar que você nadou
Nunca ficarei rico

Quer se sobressair do meu penar
Causar um enorme conflito
Um dissabor de amor
Uma amor que parece mito
Mas foi verdade
Foi mais que isso

Quer me humilhar com meu medo
Procura a soberania
Tem meu coração, meus delírios
Causa minha euforia
Sorri um sorriso de lírios
Mas não sinto cheiro algum
E vejo...
só vejo

Incoerência

Você viu? Agora o amor saiu da nossa casa
Então fica mais fácil segurar a minha mão
Ai não!
Se for por medo, faz favor!
Que minha mão
Há de te fazer dormir

Você riu da nossa incoerência
Nem faz falta
Amar como que intríseco da alma
Estou são
Mas não sei nem mais ser
Então eu peço pra me convencer

Que é o fim
Como em todos os sonhos há um fim
Um sonho de te ter num sonho, é o fim
Amargo de ilusão
Super constipação
De minha constelação Nasal

Eu pedi à estrela que não vi
Mas eu pedi!
E agora acho que eu não sou desse Brasil
Sei não...
Se eu não a vi
Ela me viu!

Não é meu

Só achei bonita a tradução.

"Quand on a juré le plus pronfond hommage,
Voulez vous qu'infidéle on change de longage
Vous seule captivez mon espirit et mon coeur
Que je puisse dans von bras seuls goûter le bonheur
Je voudrais mais en vain, que mon coeur an dèlire
Couche on el papier n'oserait vous dire.
Avec sain, de ces vers lisez lers premier mots
Vous verrez quel remède il faut à tous mos maues"

Poeta perdido no espaço

Penso em subir com escadas,
Virar o mais famoso alpinista
Dono de muitas estradas
Produtor de um famoso artista
Locutor de teu mais belo sonho
E sonhador deste teu, comigo

Subindo ainda mais alto
Fujo da atmosfera
Você então fica uma fera
Diz que em teu sonho muita coisa falta
Que eu não apareço vestido de astrounauta
Como prometi quando narrei pra ti

Consigo sair da Terra
Teu beijo está chegando!
Culpa minha não é se és assim
Tão longínqua de meus pensamentos
Agora não sei o que faço
Poeta perdido no espaço

Comigo entro em conflito
Não consigo mais vê-la
Será que sou meteorito,
E ela a mais linda estrela?

Não... Só subi ao ponto de poder te beijar
Não beijei, portanto não cheguei a entrar (em órbita)

(des)acaso

Se tratando de acaso
Pura obra do destino
Ao nosso amor eu me inclino
Para não me tratar com descaso
Sou tão corajoso amante
E sou um perigoso constante
Vivo no perigo que és tu!

Se tratando de destino
Pura obra do descaso
Com nosso amor não me atraso
E à tua boca me inclino
Sou tão medroso e errante
Fujo do perigo num instante
Mas nunca hei de fugir de ti

Se tratando de descaso
Chega a doer o intestino
De um pobre, tão pobre menino
Que a coragem vem com atraso
És tão rainha e viajante
Teu amor é tão inconstante
Mas eu gosto sempre de ti

Chega a ser inebriante
Com febre fico
(Com febre espero morrer)