O intríseco mecânico do homem

Sobre meu eu maquinado:
Deveras é triste iniciar pensamentos, ainda que estivesse deitado, sobre o ser humano robótico. Ou robotizado. Este primeiro, tenho para mim, que é o mínimo de máquina que todos tem. O intríseco mecânico do homem. Aquilo que o faz não ter sentimentos, que o torna mero ser comumente fabricado pelo avanço tecnológico, que torna-lhe o homem de lata do Mágico de Oz. Até mesmo o que é sempre sentimentado (sic) . O outro, no caso, é a vítima. É aquele que tinha de tudo para não ser máquina pura. Mas contraiu a doença. Foi programado para sentir as emoções que sente. Para desempenhar sua função biológica. Não sabe disso, mas tem sua hora para chorar, cantar, sorrir, procurar seu amor, e procurar mais ainda e incessantemente, a felicidade.


O exato é que não existe uma querência de liberdade. A armadura de ferro nos protege, acredito. Os parafusos nos deixam mais conscientes (daí a expressão "está com o parafuso frouxo), e o coração... Poucos foram os que necessitaram dele. E aqueles que amam demasiadamente, perdoem as palavras, mas foram cobaias para provar e nos enganar, de que existe amor em máquina.





Tudo mentira. Minha ou dos humanos? Pouco importa, já dizia o antigo blog: Nada é de verdade.


"Senão é como amar uma mulher só linda. E daí? Uma mulher tem que ter qualquer coisa além de beleza, qualquer coisa de triste, qualquer coisa que chora, qualquer coisa que sente saudade.
Um molejo de amor machucado, uma beleza que vem da tristeza de se saber mulher, feita apenas para amar, para sofrer pelo seu amor e pra ser só perdão."

Vinícius de Moraes

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