soneto do varal elétrico

Quase perdidos no frio da calçada
Debaixo do longínquo varal elétrico
Que estende à noite, a roupa dos pássaros
Com a trilha sonora de um latido patético

O brio berrante à beira de um carro
Estalava o suspiro de uma multidão
Que admirava árvores enamoradas
Separadas pelo muro da ilusão

Se é muro, estrela e cadência de escuridão
É tudo da mesma alegria
Reclusa de solidão

Pois se é "não" todo dia,
Espero rachar o chão
E a amálgama de idéias tornar minha companhia



1 corações:

Joselyne Baldeón disse...

nuvens namoradeiras, tsc

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