(...) valsa da última rosa

Eu precisei andar mais de mil quilômetros
Pra ver que o que achava de ti é nada
Você não é meu pódio, você não é meu rumo
Você não é prêmio. Seria minha estrada?
Se és, sabes que não assumo
Se me dissesses, diria que estás errada
Se me ouvisse, me imploraria fumo
Se me cantasse, que fosse apenas toada
Você me conserta, eu te desarrumo
E procura motivos pra viver cansada

Me achei em um curto metro quadrado
Curto, porém tão cheio de solidão
Antes fosse dia de estar embriagado!
Jogaram alguma quimera em meu coração
Jogaram algum feitiço contra meu passado
E defenestraram meu amor em um furacão
Me perdi de novo, vou agora pra que lado?
Preferi me perder do que perder seu perdão

Procuro revigorar-me, e esquecer a ventania
Que levem tudo que quiserem agora
Casa, amor, coração, mão e poesia
Levem, que depois disso vou embora
E deixo a vós toda minha agonia
Deixo-vos as palavras de uma senhora
Que me fez refazer meu dia
E procurar uma vida afora

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