iamgine


Constipação do sofá

Olha, meu amor, daqui desse sofá
Eu penso em hibernar com você
Nossa comida eu vou cuidar de estocar
Daqui desse sofá eu vou

Eu vou fazer do nosso dia, muitos dias, o infinito!
Eu vou gozar da alegria, com você é mais bonito

O jeito de encarar o tempo
E de se irritar com ele
De pedir mais um minuto
Nem que seja pra mudar o canal da TV

Eu fungo daqui
Você funga de cá
Só penso em aqui ficar
Com você

O sol iluminou,
Começo a espirrar
Mas eu vou aguentar
Por você

E eu vou mudar o intinerários das vigens que faremos
Eu vou te oferecer meus sonhos, sinfonias e desejos

De ficar todo meu tempo
Pensando no tempo que resta
Nosso sofá é uma festa
E eu vivo constipado

como chegar no paraíso

capo na terceira casa

Am C G D/F#

Ah, se minha vida fosse só
procurar o infinito
Ah, se tudo que eu aprendi
fosse por mim esquecido

Em G Am F

eu não me esqueceria de mostrar
ao mundo que eu achei um
lugar pra repousar
e provar que não sonhei

Am C G D/F#

Ah, se eu pudesse demonstrar
a minha rede, eu não sei
Se saberia me expressar
sobre o quanto que eu amei

Em ...

Eu não me esqueceria de amar
e provar que eu já achei
um lugar de prosperar
a fé que eu depositei

C G

Eu vou subir (4x)

Am Em

São só alguns andares
de concreto
pra chegar no paraíso

me deixa

e ela põe a culpa no mundo; o mundo lá quer saber de seus amores e suas aflições! o mundo não quer saber de nada.

continua a por a culpa no mundo.

"quero que tudo se exploda!"
-epa! não me leve junto, não sou daqui.
-que se exploda sua terra também!

quebrantos

Eu estou tão só com meus quebrantos
estou tão pó, e vivo aos prantos
sem ter dó eu sou escrava
dos teus beijos
crava em meu peito

A fumaça amiga tira o ar que eu respiro
sem cessar, eu julgo a vida
eu tiro a glória
eu tiro o meu desejo
de renunciar

Sou tão menina para quem quer uma mulher
A minha sina é achar que sou revés
Um mau-olhado me entrelaçou
Fraca fico outra vez
perco o amor
e encontro a paz

Sou toda feita de quebrantos
um quebra-cabeça de prantos



quanto

desordem desligada desopilada
desembutida causada e polida
pó lida com pó
caos lida com nó
lida com pó se liga
descasa
desliga

vou me desordenar
me desligar de vocês
desopilar minha mente
desembutir toda gente
causar um alvoroço
polir no concreto um pescoço
lidar com meus pós
causar o meu caos
ligar os seus nós

descasar
e desligar
de você

rápido

vou me meter numa briga
vou arranjar uma ferida
vou arrancar minha pele
levar a maior surra da vida
falar um monte de besteira
perder minha vida inteira
se alguém falar mal de você

antigamanta

castelo de nosso sossego
muralha de travesseiros
aquela canção do apego
-quero me apegar a alguém-

que pena estar sempre aquém
da tua vontade de festa
pelo visto é o que me resta
-querer me apegar a alguém-

quando chegar a hora
espero que esse alguém
seja alguém que já seja apegado
-pra não ter que querer mais ninguém-

nem quero
nem vou querer






lura dos roxos

toda a rua dos loucos
tem um pouco dos gritos
que leva um muito dos fracos
que se denomeiam "aflitos"

uma rua cheia de cacos
que se quebraram nos mitos
que se perderam em buracos
cavados por muitos conflitos

toda a lua dos roucos
tem quase nada de gritos
que se perderam em ecos
de vozes de sangues fritos

uma lua cheia de silêncio
loucos só podem falar
roucos com vergonha ficam
a lua da rua da lua da rua

dos loucos roucos


sorriso de sonhos

Traz teu sorriso de sonhos
E traz tuas cores pr'eu colorir
Uma vida tão gris!

Traz teus desejos insólitos
E um pincel que é pr'eu pintar
Uma flor sem raíz
Uma estrela sem céu
Um sujeito infeliz...

E vem tirar
Todo o equívoco de amar
E vem funcionar
Como magia que não dá pra explicar

Se eu te peço uma cor
Tu me traz um arco-íris
E me faz
uma surpresa maior
Traz um risco de paz
Com um pote de amor
E nós dois, tão iguais
Convergentes no andor
Verde, branca e lilás
Tu és mais, furtacor




Ajudando

Maldito seja esse sol!
Que me acorda, que me esquenta
Que me inebria, que me encanta
Me lembra uma mal dita tequila
Que me disseram, não há lembrança

Se fosse em um bendizer,
À esperança da recordação diria:
Que raiva tenho do amanhecer
Que me faz esquecer da folia!
Eu, aflita fico. Ele descansa

Procuro pistas em mim...
Quanto mais acho na pele,
Mais quero tirar da cabeça!
O fogo do sol se espairece
E o fogo o corpo me amansa

Outrora falava do sol,
Pareço ter sido enganada
Se não lembrava o seu nome
Houve uma prosopopeia...
E não falta de temperança

Mal visto seja esse sol!
De dia, me acorda
De noite, mantém-me acordada
De dia, me deixa cansada
De noite, me inebria
À manhã, não sabe quem sou
E à noite, só sabe de mim

Não sei porque faço isso
Me entrego ao vício líquido
Se o que me tocou foi o sol
Meu corpo não é mais insípido
Sou toda feita de carne
Sou toda feita de vício
Um vídeo de memórias passando
Fotografias e constragimento...
Agora eu me lembro!

Me lembro de esquecer.

Imensidão

A7
A imensidão
A imensidão do ar
C#m
Chora por saber
Bm E
Que eu não vou te achar

Toda claridão
Que existe em seu olhar
Cora o meu céu
Difuso fico a te esperar

Se me diz um não
Passa então a se culpar
Flora, fauna, fel
Ficam fingindo ficar

F#m Bm C#m
Amando como um príncipe
Que não sou
Ficam falando que o amor
é de quem sonhou

Bm Bm/A G#º F#m F#7

Ela vaporiza sonhos
inúteis de se alcançar
Pensamentos enfadonhos
cansados de se tornarem ar

Vestida com seu amor
me engana que vai perdurar
essa máscara de flor
disposta a se acostumar

com o céu


Outono

poderia tomar mil aguardentes
e até beber cem mil atitudes
beberei até ficar a mercê
de minha própria indagação
pra mim, é tanto porque
feito deste aqui pra um coração
que de porta em porta, batido
se esquece da discursão
e que amar quem não se pode
é feio, e leva a prisão

que leva a prisão que nada!
só o que te é retirado é a leveza
mas isto tu encontra em outros olhos
nos da eleita que tanto procura
nos da perfeita de formosura
a musa de teus carinhos
a cobradora de usura
merecedora de reclames
inveja de todas as damas
espero que não profanes
tua mente, mentindo que a amas!

e ama, ama, ama, ama!

e já amavas há tanto tempo
só não havia selado no cartório

Auto-depreciação

Não faço o certo, não uso o verão
Não calo em vão, não me digo não
Sou o próprio erro ao acaso,
Um lixo voando pro espaço
Em busca de enlouquecer de vácuo
De precisar de ar
Não busco em qualquer lugar

Sou o tal que todas falaram
O "monsieur de chansons"
O feitor de refrões
Refeição de freios de amor
O próprio rei da dor

Não busco amparo nem nas palavras alheias
Nem nas belas palavras

Calmo

Tristeza que exalei, me deixou tão calmo
Tão calmo, tão apaziguado
Desanuviei os pensamentos
E esqueci de chorar
Esqueci dos tormentos
E pensei em pensar

Chorei por pensar, te vi em desprezo
Com olhos virados, perdi os meus
Encontrei os teus num balde de devoluções
Todos os presentes, carinhos e palavras
Tropeços e mancadas não valerão mais!

Sou o pobre de novo!
Sou o vago
Sou O
Falta de exclamação, só vejo perguntas
E pontos finais, seus.

(...)

Ela quis dizer que você não ia me fazer crescer
Que você não quer me ver feliz
Mas eu não quero isso
Eu quero desaparecer

Quero s
u

m


i



r



Eu tanto que eu que eu vou mas será pelo meu bem
Vou desaparecer

Fluir na minha fumaça
Sorrir da minha desgraça

Trêmulos pensamentos de uma rede solitária
Me acompanham gatos traídos por um erro de impulsividade
Não sou eu o impulsivo
Não sou eu o compulsivo

Meticulosamente tento não errar
Sou eu o compulsivo

Tenho compulsão por amar

Sobre o que se passa

colo, rir

traz teu sorriso virado de arco-íris
meu calcanhar de aquiles
eu vejo, e procuro deslizes,
batente pra tropeçar
buraco pra me esconder
uma fresta para espiar
pois vou me colorir de você

traz que eu também sorrio
procuro te esconder com um abraço
e deixo você escolher se eu faço
um vento de te deixar com frio,
um sonho de te tirar do solo
mas para não ires tão longe
ficares dormindo em meu colo
dormindo e também sorrindo

pois pedi pra trazeres pra mim
teu sorriso de colorir
você me colore sorrindo
e eu me coloro de você

daquelas antigas do caderno

Estou libertando a saudade
Vomitando meu juízo
Vendendo minha verdade
Comprando qualquer sorriso

Sorrindo pros seus caprichos
Fumando minha'solidão
Exalando mais de 100 bichos
Cheirando meu coração

Estou viajando morto
Morrendo pela tristeza
Chorando a falta de sorte
Pedindo sua incerteza

Aprendendo com meu próprio vício
Ensinando outrém a sofrer
Estou esquecendo o início
Para esquecer de você

Perdendo meus dentes no vaso
Acertando comida no chão
Estou vendo seu descado
Cantado pra desilusão

Estás sonhando acordada
Teu beijo me logra um veneno
Meu pescoço tem uma corda
Meu corpo, polietileno

(polietileno ou poema da ação)

Telefone

O telefone tocou novamente. Fui atender, e não era o meu amor.


Quem me dera ser o tempo
E passar correndo, sabendo
Que você me espera
Para poder me amar

Aos casais do verdadeiro amor:

Amem a si mesmos. Amem seu próximo. Ame seu companheiro. Ame o tempo.
(Sejam casais do tempo)

Pior saudade

A pior saudade
-Não existe pior saudade. Toda ela é ruim
(...)
-Como ia dizendo, a pior saudade
-É a que se mata todo dia.

Eze-quiel

Ele tá triste, se esconde de mim
Por que faz isso, menino?
Vai cuidar de tuas crias!

Vou nunca!

Aí fica sentado, observando a lua
Observando a lua
Observando a lua
Mas não há nenhum luar

É como se ter um olho
sem se poder olhar

Vem cá, vem!
Vou te tirar essas manchas...
Seu violão digital!

Caracol

Caracol me deixa enrolado,
o caracol foi cortado
E agora quer me convencer

Quem vai?
Quem vai?

"Alguém?"

Disse-me o professor.

Agora não sabe que eu que mando aqui.

Preparem-se

Tirinhas e pequenos versos sobre tudo. É a nova lei.






Não me destrua, amor!
Não nos destrua, amor!
Ian já foi derrotado
E foi derrotado de novo
Não me destrua
Não nos destrua

De novo não!

CML

-Geléia de uva
-TV globinho
-Batata frita na praia
-Vontade de não sair da rede
-Etiqueta do edredon
-Ouvir Arcade Fire
-RS
-Cara de bigode no violão

(acabaram minhas observações)

Frevo

Contagiado pelo carnaval, escrevi um frevo


"Desopilação"

Começo com um nome
Tua sede consome
Minha fantasia
Des-ALE-go-RIA
Des-arma meu fio
Acaba o meu dia
Minha folia

Nascia
No dia em que o amor morreu
A terra te dava o que já era seu
Prefiro omitir
De ti, desistir
Voar, esconder-me
Debaixo de tua cama
Fazer tua própria fama
Se não, fico louco na hora
Pensando que você outrora
Foi a mesma que nunca me amou

fck m lk yr mthr

Se a saudade mentisse
Sairía de sua boca, seu nome
Junto do tempo, passada
vontade da esperança
VOCÊ NUNCA ME CANSA
e eu nunca me canso de você

(não sei como)

Tinha de tudo pra esquecer
Só não tinha o querer
Com não tinha o seu
Aquele beijo que me deu
Senti uma leve repulsa
Dos lábios eletrizados
De atrito com outros lábios
Conduzido por uns larápios
Mas não induzidos por mim

Amor,
Te espero como fogo
Espera a brasa
Como rio esperando deságua
Te espero para te ouvir dizer "não"
Espero perder meu chão
Pedir pelo seu auxílio
Esperar o meu próprio exílio
Para ouvir de ti outro não

(eletroestática, 14 de fevereiro)

Perto da lagoa

"Acendo um cigarro e o vicio é tudo o que você deixou pra mim.
Você virou fumaça no meu peito
Nicotina entre os dedos
Minha marca preferida
Vou fumar você.
Enquanto o fogo queima nos meus olhos
Toda dor tem seu prazer
Respiro mais fumaça do que antes
Pra me lembrar de você vou morrendo devagar
E ficando em cinzas.
Meu corpo todo pede o seu calor
Mais um trago para me aquecer
Por tempo ainda resta a minha voz
E eu pretendo lhe dizer
Que vou Ter que lhe deixar
Pra Ter ar nos meus pulmões.
Eu preciso lhe apagar de mim."

China - Câncer

Não

Não tenho pra quem chorar,
Ou choro pra uma me deixar
Arrependido se peço ajuda
Pra me fazer voltar atrás
Que idéia mais absurda
A ti eu não venho mais

Não tenho pra quem chorar
Ou choro pra uma me deixar
Mais triste que já estou
Com pena de mim eu fico
No mar que você nadou
Nunca ficarei rico

Quer se sobressair do meu penar
Causar um enorme conflito
Um dissabor de amor
Uma amor que parece mito
Mas foi verdade
Foi mais que isso

Quer me humilhar com meu medo
Procura a soberania
Tem meu coração, meus delírios
Causa minha euforia
Sorri um sorriso de lírios
Mas não sinto cheiro algum
E vejo...
só vejo

Incoerência

Você viu? Agora o amor saiu da nossa casa
Então fica mais fácil segurar a minha mão
Ai não!
Se for por medo, faz favor!
Que minha mão
Há de te fazer dormir

Você riu da nossa incoerência
Nem faz falta
Amar como que intríseco da alma
Estou são
Mas não sei nem mais ser
Então eu peço pra me convencer

Que é o fim
Como em todos os sonhos há um fim
Um sonho de te ter num sonho, é o fim
Amargo de ilusão
Super constipação
De minha constelação Nasal

Eu pedi à estrela que não vi
Mas eu pedi!
E agora acho que eu não sou desse Brasil
Sei não...
Se eu não a vi
Ela me viu!

Não é meu

Só achei bonita a tradução.

"Quand on a juré le plus pronfond hommage,
Voulez vous qu'infidéle on change de longage
Vous seule captivez mon espirit et mon coeur
Que je puisse dans von bras seuls goûter le bonheur
Je voudrais mais en vain, que mon coeur an dèlire
Couche on el papier n'oserait vous dire.
Avec sain, de ces vers lisez lers premier mots
Vous verrez quel remède il faut à tous mos maues"

Poeta perdido no espaço

Penso em subir com escadas,
Virar o mais famoso alpinista
Dono de muitas estradas
Produtor de um famoso artista
Locutor de teu mais belo sonho
E sonhador deste teu, comigo

Subindo ainda mais alto
Fujo da atmosfera
Você então fica uma fera
Diz que em teu sonho muita coisa falta
Que eu não apareço vestido de astrounauta
Como prometi quando narrei pra ti

Consigo sair da Terra
Teu beijo está chegando!
Culpa minha não é se és assim
Tão longínqua de meus pensamentos
Agora não sei o que faço
Poeta perdido no espaço

Comigo entro em conflito
Não consigo mais vê-la
Será que sou meteorito,
E ela a mais linda estrela?

Não... Só subi ao ponto de poder te beijar
Não beijei, portanto não cheguei a entrar (em órbita)

(des)acaso

Se tratando de acaso
Pura obra do destino
Ao nosso amor eu me inclino
Para não me tratar com descaso
Sou tão corajoso amante
E sou um perigoso constante
Vivo no perigo que és tu!

Se tratando de destino
Pura obra do descaso
Com nosso amor não me atraso
E à tua boca me inclino
Sou tão medroso e errante
Fujo do perigo num instante
Mas nunca hei de fugir de ti

Se tratando de descaso
Chega a doer o intestino
De um pobre, tão pobre menino
Que a coragem vem com atraso
És tão rainha e viajante
Teu amor é tão inconstante
Mas eu gosto sempre de ti

Chega a ser inebriante
Com febre fico
(Com febre espero morrer)

ear

Bm G D A
Não passo nem um dia
Sem pensar se n'outro dia
Que pode ser amanhã
Talvez seja amanhã
Que eu vou te encontrar
Vou te pedir
Vou te mostrar
E então você vai querer
E vai pedir um reencontro
Bb F
Que se farão em mil reencontros
E o mundo se fará de despedidas
Com certezas de encontros
Com certeza de carinhos
C D
Com certeza, eu estou pronto
Para o que der e vier
Se você quiser e puder
Eu vivo e deixo você viver

Mas que a vida seja assim
Com eu pra você, e você pra mim
Que não pensemos em fim
Que só pensemos em viver
Mas que não haja outra vida
Sem ser a de estar sempre junto
Do braço da minha querida

Daniela,

A rainha da alegria!
à rainha da alegria:

Sorriso de poesia
Faz desabrochar uma flor
Ela é a própria alegria
Ela carrega o amor
No sorriso
No dia
Preciso

Se quero sorrir
Ligo pro telealegria
Se quero fugir
Ligo pro telealegria

Fujo pra felicidade
Você não está sozinha
Abram as portas do reino
Que você é a rainha

Da alegria


ônibus perdi a contagem

"Sou pequeno você é maior! Você me humilha, você me humilha! E quanto mais eu morro, você mata... Nem se importa se somos amigos. Mas lhe respeito e lhe trato com tanto carinho. E o que recebo? O que vale mais?"

Igor Filus

Eu, vivo... tão pequeno!
Um absurdo de veneno
De um frasco uniforme
Um fiasco! Um coliforme

Sou tua dificuldade inteira
Mas nem sabes quem talvez eu seja
Sumo de tua vista,
me perco de tão pequeno

Enquanto você, se esquece de mim
E cresce enquanto dorme
Cresce enquanto dorme,
Cresce enquanto dorme,
Pra não me achar
E se esconder de tão grande
Ou só pra me acabar

ônibus 3

"Ah, por que eu to tão sozinho? Ah, por que tudo é tão triste? Ah, a beleza que existe é a beleza que não é só minha. Que também passa sozinha!"
Jobim

As flores em todos os lugares
Em todos amores, em todos os bares
Em todos os dias, em todo o amanhã
Na casa vazia, em todo divã

Vejo flores quando antes via o amor
Vejo florers como quem vê luz do sol
Flor pra mim não é farol!
As vi num epitáfio de uma atriz

"Aqui jaz flores por um triz
Não são flores de raíz!"

Brotam, morrem
Germinam, morrem
Ressecam, morrem
Flores... tão flores
e tão mortas

ônibus 2

"Ah, se tu soubesse como eu sou tão carinhoso, e o muito muito que te quero.
E como é sincero o meu amor, eu sei que tu não fugirias mais de mim.
Vem, vem, vem..."
Pixinguinha

Finca-me teu sorriso em sonho vivo
Atravessa o meu dorso
Quebra minhas vértebras
Asfixia meu pulmão
Rouba minhas lágrimas
E devolve meu coração

Sou todo, em partes, teu!
Fatia-me, vai junto a panela
Me prepara à cabidela
Quem dera que eu fosse teu sonho
E que fosses minha donzela
Quem dera
Que será?

ônibus

Descaso

Meu corpo: um turbilhão de pensamentos meus
Sobre minhas atuações debaixo da lona envolta
Sou só mais um debaixo dela
Não tenho nenhum tentáculo
Coadjuvante do espetáculo
Paranóia de lambanças
Melhor festa pra crianças
(Das que não sabem brincar)

Totalmente corruptível
Não acho graça dos Toulos
Pois toulo sou em também
Espero não ficar aquém
Para servir de consolo
No circo de seu ninguém

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"Eu sem você não tenho porquê
Porque sem você não sei nem chorar
Sou chama sem luz, jardim sem luar
Luar sem amor, amor sem se dar
Eu sem você sou só desamor
(...)
Sem você meu amor eu não sou ninguém"

Vinícius de Moraes

(Coletânea)

Como isto aqui anda bastante entediante, colocarei textos passados, do blog inativo, apenas para me entreter mais.

10 de Janeiro:
"Eu não sei se quero amar, ou se quero sofrer"

14 de Janeiro:
"Talvez eu seja o idiota que todos falam. Ou talvez não, seja realmente sem talvez. Perco tempo, e quando faço uma escolha, me arrependo antes de fazê-la, pois sei que não é a que realmente quero, mas sei que é a melhor para mim."

19 de Janeiro:
"Há muito eu queria ter cortado qualquer tipo de relação e/ou envolvimento com o sentimento que dá a salvação.
Sem amor, não há decepção. Amor a qualquer um, o de graça, o conquistado.
Nenhum destes mais.
A ninguém, em troca de paz.

Sem amor, sem confusões."

26 de Janeiro:
"Estou enrolado
Mais confuso que teus cabelos
Caracóis nos devaneios
A mente alisa minha mente
Eu sei que você não sente
Mas vai sentir

Te chamarei de meu bem
Te chamarei de querida
Eu desenrolando os teus cabelos
E você desenrolando minha vida"

27 de Janeiro:
"Fascinado frequentemente
Finalizado, flagrado furtando
Furtou, foi fuzilado felizmente
Fascínora foi finalizado falando"

14 de Fevereiro:
"Na verdade, há uma moça bonita na minha cabeça, é com certa timidez que a revelo. Eu não sei nem sequer descrevê-la para vocês, mas saibam que é linda, ou não é. Mas sei que é, porque sempre as acho assim. {Vão relacionando essa parte com aquela parte que não faz sentido}. Tenho usado muitas chaves no caderno, tá virando uma mania chata. (...) Voltando para a moça bonita, não sei se é só moça, ou só mulher, mas como aquela poesia (aquela famosa, que é a minha "ela" para minha "Ela") não sei se com ela sou menino, ou se com ela sou caba 'ome'."

15 de Fevereiro:
"Amadeus só amava. Amava bem, para falar a verdade. Era daqueles apaixonados, que vidrava-se nos olhares de suas meninas."

"Eu sou a nuvem, eu sou suas lágrimas
E o brilho verde sutil dos seus olhos
Mas se não chora, estou escondido
E quero passar-me dos seus
(Para os meus)"

25 de Fevereiro:
"Esse aqui é só para reclamar de quão distante são estas casas de alguns meses para cá. 2 ônibus na ida, 2 na volta. Dormidas no ponto, estresse, antecipação... Pior é agora que não sei nem onde é essa danada dessa parada."

19 de abril:
"Eu gosto das reclamações dela. Todos gostam do olho dela, mas o que eu mais gosto é de quando ela o vira desconversando com o olhar. Foge de mim com o olho, e me procura quando não quero enxergar. Se ela me engana, me engana melhor que qualquer um que já me enganou. Mas prefiro achar que não."

Readaptar

Você diz: não vem que não tem!
Guarde um pouco de felicidade pro mês que vem.
Faceira guardiã do pensamento
Transforma tuas preces no meu tormento

O meu corpo está guardado em um celeiro
E você quer antecipar fevereiro
Não pense que eu sou um banal
Sou apenas libertador do carnaval

Se eu te peço, e você não resiste
Te garanto, estou mais triste
Acredito que não é saudade!
Eu já desconheço a liberdade

Bobeira, marquei descaso
Você me deixou cedinho
Esquece de qualquer cansaço
E se manda a fugir com o vizinho
Fujo, não minto
Volto quando puder!

carrego

Carrego os olhos da tristeza
Pra não ser reconhecido
Não que tenha mentido!
Espero que fiques surpresa

Mesmo que eu seja o culpado
Da culpa que tu carregas

Levo o fardo do teu zêlo
Que tu expele de reclames
Não espero que me ames
Tanto quanto eu quero vê-lo

Assim como quem me sustenta
Pela culpa que tu carregas

Trago o poder da mudança
Trago também um cigarro
Fumaça de completo escarro
Que te inibe a esperança!

Espera que eu faça algo
Com a culpa que tu carregas

Não tens dever de ensinar-me
Nem tenho o que aprender
Quero te surpreender
Antes que você me desarme

Me tira a dor e a tristeza
E tua culpa, tu me entregas

música rápida de madrugada

G7m C#7 Cº Bm Bm/A
Perdi o meu amor na avenida
Ela se escondeu no vácuo
Que atropelava asfalto
Me calei no alto de sua solidão

Andei por 100 esquinas
E parei em todo bar que vi
Nem sei nem mais o que bebi
Procurando meu amor

E ela não sabe que é
O amor da minha vida
Se perdeu na avenida
Só pra eu ter o que fazer

Eu, urbano e solitário,
nunca estive apaixonado
O sinal está parado
Para aqueles que querem amar

G7m A7m C7m
E eu quero amar,
só pra sentir saudade
Ouvir o ruído da cidade,
O passo da multidão
A batida do coração
Hegemonia mundial!
Sentimento sem rancor
num momento crucial
Em que me peguei com amor

Achei o meu amor na avenida
Ela não sabe que é minha
Se mandou em uma linha
De transporte coletivo
To vivo
Pra achá-la por aí



Sexta-triz

Deveras, um desvalido
Já posso ser chamado de mendigo
Um ébrio com as mãos ocupadas!
Você com a cabeça vendada
De esperança vendida que não te comprei
(te roubei!)

Carregava um copo de uma bebida forte
E também, o que sobrou no meu peito
Te dei pra tentar consertar
Mas disseste que não havia defeito
(Devolveu meu coração, então)

Ao invés de cortar o mal pela raíz,
Só me introduziste mais mal
Foi um dia como em um carnaval
Minh'alegria está por um triz!

Estás com meu corpo colado,
E agora não posso mais andar sozinho

Lágrimas Futuras

Sinto que ajo com o mal
Logo eu, que só queria amar!
Fato é, que o amor traz o vício
Não sobrou um resquício daquele penar
Tampouco um pedaço de pano sequer para enxugar
A lágrima futura que irei provocar

Há muito confiava em mim,
Sou como um desses quaisquer
Inútil e vazio, sou eu!
Hipócrita demente eu sou
Logo uma mentira eu vou
Soltar, simultânea com teu show
Show de luzes ofuscantes
Só que as vê são os pedantes
E os que pedem um pouco d'água do mar
P'ra também um pouco poderem chorar

Já chorei também,
Mas não quero dar o troco no mundo
Meu coração tá na última cela do verão
Espero que não!
Espero que não!

Aos amantes,

Que amam até o sol nascer,
Se pôr, confusão de horários
Espero não ouvir tolices!
Só quem ama no sol é o eclipse
Só quem ama no verão são os bestas
Os bons deixam de amar com o mal,
Com o mal se ama um alguém qualquer
Com o bem, se ama homem, mulher...
Ama quem der e vier

Amo com o bem dentro do peito,
Pra não me enxer de vaidade
Logo faço uma caridade, e a esqueço
Publicando minha foto nos jornais
Não sei fazer silêncio
Mas sei amar os banais

Amai uns aos outros, assim como querem ser amados
Homes são tão relaxados... Não sabem amar

Aos amores,

Perdoai meus desacatos
Meus atos, meus fatos baratos
Que comprei numa feira
Sem eira, beira, cachoeira...
Aquilo que vos contei não existia!
Se credes, então, na verdade,
Ainda que seja tarde, sem alarde
Saudade de quando eu só omitia
Num dia, fazia, enxugava a pia
Mas não lavava as mãos!
Tal gesto, protesto! Não presto
Como um certo Pilatos prestou
Quem sou eu, meus amores?
Contei mil nomes, codinomes
Sobrenomes, telefones...
Menti, inventei, aborreci, chorei!
Foi tudo mentira!

Do "eu" ao "amo"
Confesso, e vos peço que me acreditem:
Pode faltar-me a luz do dia,
Mas de verdade, era só a poesia!

Coração de Nobre

Pois que todo nobre coração
que foi concebido o amor
Há de apenas amar
(E servir suas amantes!)

São todas loucas
Oriundas do infinito
Causadoras do conflito
De um nobre coração

Hão de apenas viver
(E servi-lhe de contradição)

Verão que tono nobre coração que ama,
Se torna um mero plebeu, que
Chora por desvalir-se em lágrimas!
Que ama, por desvalir-se em sonho
E só se vale, por tanto por ser medonho
Esquece da razão

Perguntas de outrora:
O que é "ser em vão"?
E o que mais vale na mão,
Um plebeu que só ama
Ou nobres sem coração?

ansiedade

angústia, ampreensão, tensão, tristeza, dor, sono, cansaço... são tantas coisas. não consigo pensar, só penso em chorar. câmbio.