Fanta

G#6 Bb6m D#7-/9

Canta
Canta àquela música
Pra alegrar o meu domingo,
Acalmar meu coração
E nós termos então
Algo para fazer

Fanta
Estamos bebendo unidos
Para aquecer a segunda
Segura na minha mão
E nós deixaremos então
De ouvir o som da TV

C#m A G#
Joga a tua rima para cima do meu corpo
E me tira do sério
Que eu foco o teu sufoco embaixo do meu beijo
Amor, o amor é um mistério

C# C#m7 C#7+m A7+
Eu vou ver se pego no sono, pois


A manhã quando eu to do teu lado brilha mais
O sol esquenta o meu telhado
Teu cheiro de todas as flores que eu não sei o nome
Invade o terraço do meu coração

A lã da tua camisola gris na segunda
É só o que me deixa feliz quando acordo
Você é o remédio do meu tédio o tempo todo
E o tempo todo eu quero ter você pra mim


Me encanta
Como você sempre me encanta
E eu me impressiono
Como alguém como eu
Tenho essa sorte no mundo
De ter você pra mim





To the parelelo

Bm G Em F#
It's the real way of live
you chose no deal to admire
The love of them that you provoke
It's amazing to your soul

You're the singer from my land
And you're the dreamer (make a sand)
To throw it in my eyes
My dream thanks for your hand

Bm D G A
Yo-o Yo-o Yo-o
My dream thanks for your

G Bb F
Your heart promised to me
After the earth, the love only raises
Your body goes with the touch
But the love only raises





Músculos contraídos doem

"Assim, o coração é um músculo cujas fases de contracção são rítmicas e involuntárias. Do seu funcionamento resultam ciclos cardíacos cujas fases se sucedem".
[fonte]

Decido assim, amiúde, calado e taciturno, como já havia comentado, que os músculos que me fazem sentir dor calado, serão invalidados. E estes, que me pedem clemência, serão outorgados a sentirem-se livres à escolha do "mente sã, corpo são". Minha mente está sã, sim! E não vos digo em tom de ameaço quaisquer tolices, pois meu corpo não está nada são. Me sinto engembrado (sic), tal qual o velhinho, daqueles que tento vestir-me para comprar um pão na padaria mais longínqua possível. Pois quanto mais ando, mais velho fico. Sinto um cigarro entorpecente no boca dos que falam comigo. São trovadores do silêncio. Fazem sinfonia de amargura, e se constituem apenas de castigo e pena. Não me vendem, trocam. Os pães são produtos de suas marcas de sangue. São marcados para aquilo. Sou breve no que faço. Chego, decido o que quero, espalho a fumaça da saudade, e por fim, recebo o produto do trigo da natureza. O pão é produto do trigo. O coração é produto do umbigo que liga à mãe.
Toda mãe brava sente mesmo seu coração crescer.



Me abrigo na castanheira
Parece até que estou no direito
Sou tua mesa de cabeceira
Tu sois o vazio em meu peito
O buraco de meu coração
Que não encontra na feira
Que não encontro no chão
Aqui dentro é só poeira
Aqui dentro é tudo em vão
E se alguém ousar, me perdoe
Bater no compasso do "não"
Pode parecer até que soe
Um pouco dissimulação
Mas antes que pra mim, ela voe
Encontrarei-a em meu coração



Hoje sim, diz que sim.

Hoje sim, diz que sim, já cansei de esperar
Vem dizer que o amor foi feitinho pra dar.


A madrugada inspira. O sono me constrange. É tão tarde assim? O calor da cidade conspira meu erro. Minha palavra é torta, e não sou Ele, para escrever certo com dizeres tortos. Ah, desculpem o mal dizer, poucos me entenderão. Na cama, não sei se era sonho, ou mera falta de sono, procurando histórias para me satisfazer, visto que nem luz podia ligar para jogar aquele jogo cheio de números, ou ler quaisquer besteiras que fossem escritas (in)diretamente para mim. Enfim, pouparei de minhas horas de insônia, contando a loucura das loucuras que me fez sentir o mais insignificante dos seres (do universo). Esqueçam, na verdade, toda essa história de planetas, galáxias, universo. Isso não é nada, se houver o mínimo de imaginação na cabeça de alguém que não consegue dormir. Me lembro de ver gigantes, no início. Gigantes, mas não eram dos normais, dos quais moram na mesma terra conosco. Eram dos super gigantes! (Ou nós que éramos microscópicos). A história se passava no quarto de um bebê desta família de seres os quais não consigo descrever. Não era bem ogros, mas eram estranhos. A Terra, para nós, girava igualmente. Mas para cada fenômeno físico que aqui ocorre, há uma explicação macroscópica que é levada ao quarto do bebê da imaginação. A Terra (e os outros planetas) giram porque? O que é a Terra? Hum, os planetas, nada mais são que os enfeites amarrados no berço do bebê. Este fato dá pra se ter noção do mínimo ser que somos. Somos quase nada, comparado a um simples minúsculo ser de uma "terra" de seres incrivelmente maior que nós. E eles pouco sabem, que naquele berço, há um enfeite, que gira pelo movimento notável pela corda que vos segura. Neste enfeite, há vida. Tanto quanto no berço, tanto quanto em qualquer lugar. Melhor repararmos bem nas pequenas coisas. Vai que são terras de outros seres, que tem outros seres... Como sou nada... Como sou tudo.


Cansado

Em um dado momento do diálogo com sua amada, ela soltou a frase que foi um dos maiores baques de sua vida. "Você é o melhor namorado do mundo..."


Passou alguns segundos, que para ele, foram séculos. E então, ela concluiu:

"Se um dia eu quisesse namorar com alguém, seria com você. Pena que não quero."

Aquela balada que não sai da minha cabeça

Tenho que fazer essa música sem violão, sem tradutor, sem poder cantar. Não posso fazer mais barulho que as teclas fazem.

My way of love is fast as a rabbit
Your way of hate is like a little girl scream
A shout of pure feeling of despise my voice
Pure feeling of despise my way of love
So fast, so white and so full of poorness

Your way of smile is like a knife in my eye
May I fly with you?
And my dreams are not true
The way of kill is equal of love and is equal of hate

I don't choose love
You don't choose don't love

It is not for me
It is not for you
If my feelings are bigger than yours
I'll never be cool
How I like to be
How I watch in TV
How I like to love
How I watch in TV

The love is not for me
Or the love is not for you




Perdoe-me em cárcerie privado

Queria muito que não fosse preso. O jogo, ainda que ilógico, é a metáfora disso que penso. Fui preso, não posso jogar por dias. E acabo não gostando mais do jogo. Perdoe os que gostam da Terra, mas acho que nasci meio passarinho.

aplausos

G Em Am F C D
Eu vou por uma marca d'água
Na foto do seu sorriso
Que eu tirei
pra mostrar pra todo mundo
que eu sou o rei
Da fotografia


Eu vou pedir silêncio
Pra plateia que histeriza
O nosso show
O nosso show tá terminando
E eu sinto a euforia

Eu vou te enxer de apetrechos
E fazer dois mil caprichos
Se você não me quiser
Como me quis um outro dia

A F# Bm G
Eu vou deixar então que os aplausos continuem
Eu vou deixar então que os aplausos continuem
Pois eles não são pra mim

Me deixa ser um sujeito
Sem essa alma plástica
Se me quiser sem defeitos
Uma maneira drástica
É me deixar assim, calado
Como uma pedra afásica
Alguém assim aplausificado
Que palavra é essa?


Eu vou deixar os aplausos continuarem
Pois eles não são pra mim


Tobias em apuros

Era uma sexta-feira. Disso eu sei, mas não sei o horário, nem tampouco o local. Na verdade, o tempo dentro de uma bolsa não passa como fora dela. É relativo, como se estivesse a tal bolsa, a uma velocidade próxima a da luz. O mundo também tornou-se mais recluso. Faltava espaço para tudo, menos para o amor. Um amor, que posso dizer questionável e estranho, fora do comum desses amores que vemos na televisão. Um amor surrado, devido ao mínimo espaço, e um amor suado, devido as horas passadas sob a luz solar. Mas que não deixou de ser verdadeiro. Tobias, nobre guerreiro mestiço. Diferente do Leão do mágico de Oz, sua coragem era visível, e nunca aparentou ser ridícula. Mestiço, por ter linhagens de uma família de patos, tornando então, aparente uma formação de uma pretuberância em seu focinho, semelhante a um bico. Amou por mais de um mês, como se cada dia, fosse o dia de uma chuva imensa, ao invés da luz solar, que tirassem dele, o amor de sua vida. Uma borboleta. E não uma qualquer. Uma, com o nome de vida. Não aportuguesado, não sei bem de sua linhagem, mas fato é que se chamava Life. Aparências distintas, espécies distintas, gostos distintos, tudo. Nada neles era em comum, apenas o desejo de ficarem para a vida inteira. Mas como os mais belos casais, o fim trágico é característica para um desfecho emocionante. Não é uma história comum. É um amor entre uma borboleta e um leão mestiço. Feitos quase que um para o outro. Amando-se sem parar, aproveitando ao máximo, sem esperar o fim. Mas para cada leão mestiço, há a hora do abandono. E então, Tobias José Consuelo, num ato de profundo desespero, deixando a amálgama de idéias românticas de lado se suicida. No mínimo, esse suicídio ocorreu pelo fato dele ter abandonado seu amor, que se chamava vida. Não sendo só isso, ele realmente buscou o abandono de sua existência. Espero que não. Que esteja mostrando o quão bravo é, e conquistando territórios, a fim de se prostar como o mais bravo leão mestiço da história de um planeta bolsa.

Intríseco (amor) de mim mesmo

02:10 - Há quanto tempo não faço algo assim? 10, 15 posts? Não lembro. Ainda não postei nada sobre meu alivio de fim de ano, sobre meu descanso e a paz que os dias me trazem. Queria falar de tanta coisa, mas só me vem o momento de agora para expressar o meu infinito sentimento: o amor. O amor, não o egoísta, que cega e maltrata, aquele individual, que clama por posse e dispensa perdão. Falo do amor em sentimentos, e do amor que São Paulo descreveu em sua carta aos coríntios. Aquele dos dizeres bonitos, que prefiro não citar, visto que é muito fácil achá-los em qualquer revistinha pagã. Há meninas, há matérias, e há momentos para sentir o amor, é um repouso do amor verdadeiro. Mas há um único ser, que descarrego o ânimo de minha forma mais singela e pura de me sentir amado. Esta, cuja revelação está sobreposta em minha pele, é de fato longíqua, mas é como o doce desejo de subir no mais alto galho da mais alta árvore para sentir o melhor sabor de uma maçã. É a noite de meu dia, e o vento de meu verão. A única que posso dizer que amo, para dizer que amo como um dia, os amantes amaram.


"E eu detesto cada metro de asfalto
Ou de luzes lá no alto
que me afastam de você

Poderia até contar todos os passos
mas me deito nos terraços
vendo o céu que você vê"

No ones

No ones makes me feel different
The way that you choose to make me glad
Is the wrong way
You are not my nice girl anymore

My brain close your thoughs to get a pain
Take a trip in the shadow of the train
Make a sense to forget the claim
To get down
We are not the beauty and beast

Lose your hope!
Your precious mind jump in the hand of clowns
Like a ball in a game

The sky is falling from the love
In direction of the love
To make you feel the love


Sara está no sofá

A quem deu o título:

Sara está no sofá
Na mão, ela tem um cocar
Pra se vesti de índia
Enquanto o sono não chega

Seu amor está na TV
Na espera de adormecer,
Sara se veste de índia
Tão linda! Mas tão sozinha

Sara, por favor vá dormir
Sonhe, force um mundo feliz
Chore, pra implorar um carinho
E então, deixe seu amor sozinho

Sara se pinta pra amar
Enquanto sonha com um lar
Ela não está mais sozinha
Agora ela tem um cocar

Sara, por favor dê-me um beijo
Deixe pra lá esse sofá!
Quero satisfazer teu desejo
De amar vestindo um cocar

Quando você me olha

Quando você me olha desse jeito
Quando você me molha com despeito
É quando eu mais sinto sua falta
É demais quando o meu peito salta

Lindamente implora a minha mão
Eu sou besta, e dou então meu coração
Porque eu não sei te segurar
E pra me enganar, pra sempre vou te amar

O seu desejo insaciante
É ter amarrado a minha mão
Com um barbante
Que segue num avião
Em direção ao calor do sertão
No pólo norte de um peito
Que se acostumou a amar a solidão

Quando você corre pra me achar
Se esquece que eu que vou estar
A pernoitar com pernas pra gastar
Vou sempre estar tão vivo pra falar:

Meu amor, eu sou tão teu
Meu amor, eu sou tão...

E você, não!
E você...

soneto do varal elétrico

Quase perdidos no frio da calçada
Debaixo do longínquo varal elétrico
Que estende à noite, a roupa dos pássaros
Com a trilha sonora de um latido patético

O brio berrante à beira de um carro
Estalava o suspiro de uma multidão
Que admirava árvores enamoradas
Separadas pelo muro da ilusão

Se é muro, estrela e cadência de escuridão
É tudo da mesma alegria
Reclusa de solidão

Pois se é "não" todo dia,
Espero rachar o chão
E a amálgama de idéias tornar minha companhia




galopes, dúvidas sobre sonhos e batuques (tudo isso acordado)

Eu tenho um cavalo dentro de mim mesmo
Galopando em busca de meu amor
Eu sou uma língua em constante odaxesmo
Me tremendo todo para te entregar uma flor

Eu sou a dúvida
Tu és a cândida

Tu tens toda a mentira que eu preciso
Para obter todo o sufrágio popular
Tu és um choro, um assobio e um sorriso
E agonia de não ter pr'onde olhar

Eu sou a dívida
Tu és a lâmpada

Me tira do inferno e já me põe no limbo
Vou pro final da fila e espero no guichê
Quando te encontro tu me marca com um carimbo
O próprio inferno é onde não posso te ver

Eu sou a vida
Tu és a súbita

Eu quero saber se Jesus vem ou não vem
Quero saber se Jesus vem ou não vem
Quero saber se Jesus vem ou não vem
Para me entregar a cândida
Para me entregar a lâmpada
Para me entregar a súbita


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como se fosse a primavera

Dolores, Drama e Serena
Não sei de quem tenho mais pena
Vivendo em um íntimo aquário
Não são como um livre canário

Dolores, Serena e Drama
Penso em deitá-las na cama
Não quero que venham a brigar
Sei que não posso falhar

Serena, Drama e Dolores
Acho que vou compra-lhes flores!
Tão próximas da liberdade
Espero não sentir saudade

Dolores só sente azedume
E é de costume pairar em seu mar
Procura por perto um cardume
Ou um perfume para cheirar

Drama é como seu nome
A água consome a sua euforia
Ela vive sempre com fome
E some, só volta n'outro dia

A última que vem é a Serena
Com plena certeza que é a mais bela
Pensa sempre que está numa cena
Esquece que é peixe, pensa que é donzela

Dolores, Drama e Serena
Não sei de quem tenho mais pena

Serena, Dolores e Drama
Ninguém mais do que eu as ama!

Drama, Serena e Dolores
Com certeza, elas são meus amores



De que callada manera
Se me adentra usted sonriendo
Como si fuera la primavera
Yo muriendo

Chico Buarque de Hollanda




Discursão ao pé da novela, sem beira nem mesa de cabeceira

Estourou o milho da pipoca
As pessoas estão reunidas
Agora se inicia a fofoca
Vamos falar das vidas
Vamos falar dos trouxas
Fingir que a vida é um circo
Que existem mil flores roxas
Em coração de um menino
Que se apaixona por mil donzelas
Uma flor pra cada "ela"
Uma dela pra cada coração
A flor tá dentro do peito
Ou na camisa de botão
Agora não tem mais jeito
A nova mulher é tufão
Da perfeição ela é clone
Ele se engana, não?
Seu coração é um ciclone
E elas, pra ele, é o ar
E vão dizer em um megafone
"Um dia tu vai se enganar!
Um dia tu vai se perder"
Espera esse dia chegar
Assim como espera anoitecer
Pois que venha assim, bem lindo
Sem sequer bater a porta
O dia será bem vindo
O diretor dirá "corta"
E a plateia pedirá ação

fluidos, chapéis e sol à pino

Se passadas horas, vi teu sorriso debruçado
De uma quimera tardia, sofrida por ser ouvida
E contente por chorar achando que é pecado
O inverno enganar o amor, assim como engana a vida

Teu réquiem tem a audácia de me calar
E tua voz, a vontade de me prender
Eu sei que não virá de ti, um olhar pra clarear
Mas virão de teus pensamentos o dom de escurecer

Como da treva, fiz meu paraíso
Da dor, faço meu remédio
Eu tenho tudo o que preciso
Para me afundar no meu próprio tédio

Os abismos eles quiseram me esconder
Com o equívoco de que eu nunca fosse achar
E teu olho, é minha nova fonte de ler
Seu passeio é como uma aura num luar

Inalo apenas monóxido de carbono
E vejo carboxiemoglobinas a se formarem
Perco o fôlego, perco o sono
E perco a vista tuas faces a me cantarem

Sou escravo de minha querência de liberdade
E a estrela que mais brilha divindo meu céu
É dádiva da beleza da crueldade
Que escondem-me dentro do meu chapéu

Porque querer amar demais é ilusão
E não querer amar é pecado




oito horas da manhã, uma samba canção e um desodorante senador

(Preciso dizer sobre o que será? Ok.)

Sobre minha pessoa:

Senti-me num espremedor de macarrão noite passada. Estranho. E eu era o macarrão. Fui procurar significados de sonho sobre isso, e nada achei. Pudera. Quem sonha com um espremedor com uma vazão d'água alternada? A água vinha de tal maneira que senti medo mesmo, e isso foi tornando-se constrangedor, e eu não conseguia sair. Macarrões não pensam! Eu penso, fato.
Depois, vim fazer a minha visita diária a este recinto e deparei-me com o seu título "Ainda penso em liberdade". À todos já vos dei explicações de títulos e nomes para meus blogs, mas tenho me omitido bastante em relação a este. Não que não seja livre hoje, mas o auge ainda virá com as asas. Sou feito de quê então? Pássaro não sou, e me deprimo tentando disfarçar com assobios frenéticos, orquestrados, sinfônicos e hiperativos. A saudade prende-nos, então. A plena liberdade inexiste em centros urbanos. Todos se prendem a algo, e só pensam em soltar-se quando veem-se sufocados. É triste o sufoco. Eu sempre fui preso, e sempre gostei de ser. Como aqueles pássaros que cantam até perderem o fôlego quando estão dentro da gaiola. Mas é que o tempo vai lhe cansando, creio. Nem a mais aquática criança perdura 24 horas em uma piscina. Nem o mais ocioso pássaro aguenta a vida em uma gaiola. Eu prefiro a assiduidade da fuga. E vou fugir. Não sei com quem, nem para onde. Antecipo minha carta de fuga. Ou não.

Por fim - perdoem-me a perda de tempo, mas queria escrever isso logo para não achar-me com cara de macarrão - quero fazer uma homenagem àquela que mais me inspirou de ontem para cá: "Perfect day" do Lou Reed. Embora sendo leigo nas composições de Lou Reed, essa, sem dúvidas, é sua obra-prima. Ou o cd todo, então. Poucos são meus posts sobre música. Mas esta está merecendo. Pelo clichê de frases como "Estou feliz e estou passando com você. Você continua fazendo-me segurar as pontas"; por sua cena em "Trainspotting" a qual o diretor não podia colocar música melhor; pela sua forma direta e concreta. E por fim, pela melodia/letra que me deixou chateado por não ter reparado há mais tempo.

Prefiro colocá-la traduzida, então lá vai

Somente um dia perfeito
Bebendo sangria no parque
E mais tarde, quando ficar escuro

Vamos para casa

Só um dia perfeito
Alimentando animais no zoológico
Depois um filme, também
E assim, casa

Oh, É sim um dia perfeito!
Eu estou feliz e estou passando com você
Tão dia perfeito
E você continua fazendo-me segurar as pontas
E você continua fazendo-me segurar as pontas

Só um dia perfeito
Todos os problemas deixei sozinhos
Pessoal do fim-de-semana está na nossa
É tão engraçado

Somente um dia perfeito
Você me fez esquecer de mim mesmo
Eu pensei que eu era uma pessoa qualquer
Alguém bom

Você está indo colher o que semelhou
Você está indo colher o que semelhou

O intríseco mecânico do homem

Sobre meu eu maquinado:
Deveras é triste iniciar pensamentos, ainda que estivesse deitado, sobre o ser humano robótico. Ou robotizado. Este primeiro, tenho para mim, que é o mínimo de máquina que todos tem. O intríseco mecânico do homem. Aquilo que o faz não ter sentimentos, que o torna mero ser comumente fabricado pelo avanço tecnológico, que torna-lhe o homem de lata do Mágico de Oz. Até mesmo o que é sempre sentimentado (sic) . O outro, no caso, é a vítima. É aquele que tinha de tudo para não ser máquina pura. Mas contraiu a doença. Foi programado para sentir as emoções que sente. Para desempenhar sua função biológica. Não sabe disso, mas tem sua hora para chorar, cantar, sorrir, procurar seu amor, e procurar mais ainda e incessantemente, a felicidade.


O exato é que não existe uma querência de liberdade. A armadura de ferro nos protege, acredito. Os parafusos nos deixam mais conscientes (daí a expressão "está com o parafuso frouxo), e o coração... Poucos foram os que necessitaram dele. E aqueles que amam demasiadamente, perdoem as palavras, mas foram cobaias para provar e nos enganar, de que existe amor em máquina.





Tudo mentira. Minha ou dos humanos? Pouco importa, já dizia o antigo blog: Nada é de verdade.


"Senão é como amar uma mulher só linda. E daí? Uma mulher tem que ter qualquer coisa além de beleza, qualquer coisa de triste, qualquer coisa que chora, qualquer coisa que sente saudade.
Um molejo de amor machucado, uma beleza que vem da tristeza de se saber mulher, feita apenas para amar, para sofrer pelo seu amor e pra ser só perdão."

Vinícius de Moraes

Abstratismo, areia e uma dose de palavras

A vida exige mudanças. As mudanças exigem dúvida. As dúvidas exigem posse de um medo para se arrepender. O arrependimento só aparece no futuro. E estou no presente. Não conto mais os dias para nada, prefiro que eles retrocedessem, ou simplesmente, parassem. Seria por pouco tempo, juro. Ou que passe logo, de vez! Falar sobre tempo é, deveras, pretensioso. De maneira física, considerando a Equação da velocidade (V = S/t), Posso controlar minha velocidade, posso saber e inferir no meu espaço, mas não posso saber do meu tempo. Grande coisa saber das horas! O céu/sol estão aí para isso. A passagem acelerada do tempo não me deixa raciocinar que o canto dos pássaros acontece ainda antes do sol deixar este lado do planeta. Que não seja mais mal dito o tempo, pois só assim, não me importo com sua intríseca existência.
O melhor da discursão sobre o abstratismo do tempo, é passar o tempo discutindo sobre o abstratismo das coisas. Porque o gosto da certeza não me interessa. Não quero provar teorias nem sentir o sabor do concreto. Me vale da vida o desconexo, a direção dos ventos, a origem dos grãos de areia, o destino dos grãos de areia, o desprendimento. Tudo bem que a beleza das coisas é importante, mas sua certeza é imediata. Não há análise. O melhor da beleza certa é pesquisar nos mares dela o que somente você reconhece como belo. Pois esta pequena parte, que no senso comum é diferente, para você será a coisa mais bela da face da Terra.
Poucos são os que analisam isso a nível de Universo, e escolhem o planeta todo, como a pequena parte para achar linda e sem defeitos. Para estes, a felicidade plena é simples como o voar das borboletas. O mundo é lindo, e você não sabe, pois se considera pouco demais para analisá-lo de forma proporcional ao seu tamanho.

Abstratismo, fim de tarde, ventos de tamanha prudência, e areia. Muita areia.

Consumindo

Consumo meu próprio medo
Assim é mais fácil apreciar
Árvores reluzentes
Planta a fim de brilhar
Céu perdido no escuro
E eu perdido no consumo
Fico em cima do muro
E em cima do muro fumo
Ou procuro me entorpecer
Ou procuro levantá-lo
Para que quando jogar-me
O sangue, faça de mim vassalo

Minha dor é meu próprio senhor
E eu sou escravo dela

terceira parte de nós dois

A areia quer me enxer de olhos
Ou meus olhos querem se enxer de poeira
Agora meu ego se perde
Minha razão não se mede
Passei a outra noite inteira
Pensei se o errado compensa
E se o acerto me dá sono
Se errar é pecado
Acertar é perdão

Sou feito de solidão
Contraditório dizer
Que há quem me complete
Para sozinho viver

Orquestra Urbana-pseudo-filosófica-natural

Seria orquestra da cidade, apenas, ou orquestra da natureza?

Fui perdido pelo sonho de anteontem. Mas as coisas se resolveram com o que vi. E com o que ouvi. Os pássaros cantando em Sibemol me fizeram sentir o último dos homens. Dos homens mesmo, e não dá raça humana, pois sabia que não estava sozinho. Os pardais se escondiam nas árvores, envergonhados por serem tão comuns pelas redondezas, os pássaros negros que não decifrei o nome faziam ataques de trumpete. Não eram simples ataques de trumpete. Eram convites para a festa que ia ocorrer na árvore (vi logo, pois logo outros pássaros começaram a chegar). E este último, já estava na festa, creio eu, com medo de sua bela pássara negra que sobrevoara em um instante para o vigiar.
Os cachorros latiam, como violinos que marcam o tempo. Uma risada ao fundo, talvez, e uma conversa ao fundo na certa. Existia um contrabaixo formado pelo atrito do carro com o ar em movimento. Fácil de entender, a energia se conserva, não pôde se perder, e foi transformada em som. Isso qualquer um sabe... mas saber que o vento que deu o grave na sinfonia só duas pessoas sabiam.
Existiam outros sons de cidade. Mas quem os quer ouvir? De cidade grande, já tinham duas vozes falando demais...

Deixa - Vinícius de Moraes

"Deixa
Fale quem quiser falar, meu bem
Deixa
Deixe o coração falar também
Porque ele tem razão demais quando se queixa
Então a gente deixa, deixa , deixa, deixa
Ninguém vive mais do que uma vez
Deixa
Diz que sim prá não dizer talvez
Deixa
A paixão também existe
Deixa
Não me deixes ficar triste"


Aprendi mais uma vez, que quando não se tem o que falar, o melhor é ficar calado.

tenho algo pra te dar

12 anos

(Acho) que tenho algo pra te dar
(Não) é um beijo de filha
(É) algo que te fará suar
(Acho) que é um coração que brilha

Não é a solidão em cima do morro
Não é a discursão sobre o sereno
É acordar apenas de tristeza e gorro
E aplicar funções seno e cosseno

Acho que a bateria tá acabando
Não, coração, eu não sou um robô

rockin' to the beach

Do you wanna my end?
And do you wanna my soul?
And you just wanna my friends
And you just wanna my hole

You take the dream of life
You put the dream of drugs
I know that you are mine
But I don't want give hugs

I won't give hugs

Let me drink my beer
And let me sleep
Now I'm feel fear
You're wolf... I'm sheep

You says don't be sad
don't let me talk and see
you put out radiohead
I'm wolf... You are sheep

Oh, I used to be the alphman
But with this love
My love is not enough

Oh You know my wings were flew
And I can't fly anymore without its

Oh, I'm a sheep with no wings
sheep with no wings!

sobre o que tanto ouço

Queria ser um tipo de pássaro
Que com a gaiola se acostuma
Queria ser mais artista
Te oferecer banho de espuma

Agora só causo problemas
Não sei mais achar solução
Queria dizer-te "não temas"
Como diz uma certa canção

É com tais versos de perdão
Que eu encaro esse seu penar
Não pense que é ilusão

É triste, porém não foi em vão
Mas parece que não sei mais amar
Pois você não me dá atenção

03-10-09

Dia da Independência do meu coração.

Ou era isso, ou era morte. Ele pode gostar agora de quem quiser, e eu saberei lidar com as situações. E caso haja envolvimento em um conflito, espero que este não me chame para resolver nenhum destes tipos. Não sou irmão mais velho de ninguém. Sou apenas território de um coração emancipado, que busca, ainda, manter relações com a antiga metrópole, por forma de amor, que incentiva a inspiração.


sacia

D A Bbº A

Me dá a alforria
Me faz uma graça
Você só quer o chão
Aceita a condição

E me sacia
O tempo passa
Lá dentro do avião
Você só quer o chão

E quer me amar
Sem querer saber
Sem querer voltar
E quer amar
Sem olhar a cidade
Nem sentir saudade
Quer amar
Sentindo a alegria
Que alegra o meu dia

Esqueço da tristeza que outrora batera em minha porta.
Também pudera. Eu sei que ela está lá. Pode não estar a me esperar,
mas espera que eu a encontre em meus sonhos toda noite,
Para que um dia chegue a noite que juntos iremos ficar
Para sempre

PRENDAM-NO

Queremos ver teus olhos jorrarem
Lagoas e oceanos de lacrimejos
Ver tuas palavras pararem
E tirarem de tua amada o desejo

Faremos de tudo um pouco
Para vermos você mais oco

Quero ver meu coração bater
No compasso dos meus longos dias
Um "tic" quando o sol está a nascer
Um "tac" que só vem nas noites frias

Farei o máximo, até o impossível
Para me ver cada vez mais invisível

Queremos você todo apático
Eu quero de vocês a fobia
Para instalar esse amor prático
Que me restaura na minha folia
Para matar-me de ácido lático
E me embriagar com sua afasia

Ele se perde, ele se vê sozinho
Ele se ergue, de novo erra o caminho

(...) valsa da última rosa

Eu precisei andar mais de mil quilômetros
Pra ver que o que achava de ti é nada
Você não é meu pódio, você não é meu rumo
Você não é prêmio. Seria minha estrada?
Se és, sabes que não assumo
Se me dissesses, diria que estás errada
Se me ouvisse, me imploraria fumo
Se me cantasse, que fosse apenas toada
Você me conserta, eu te desarrumo
E procura motivos pra viver cansada

Me achei em um curto metro quadrado
Curto, porém tão cheio de solidão
Antes fosse dia de estar embriagado!
Jogaram alguma quimera em meu coração
Jogaram algum feitiço contra meu passado
E defenestraram meu amor em um furacão
Me perdi de novo, vou agora pra que lado?
Preferi me perder do que perder seu perdão

Procuro revigorar-me, e esquecer a ventania
Que levem tudo que quiserem agora
Casa, amor, coração, mão e poesia
Levem, que depois disso vou embora
E deixo a vós toda minha agonia
Deixo-vos as palavras de uma senhora
Que me fez refazer meu dia
E procurar uma vida afora

Nova (não humorada)

Mesólise, mesólise
Mesólise, mesólise

Pra quê te quero?
Pra quê te quero?

Mesólise, mesólise
Mesólise, mesólise

Torna-se-ia minha dor
Torna-se-ia ilusão
Forma-se-ia meu amor
Forma-se-ia um coração

Mesólise, mesólise

Dar-te-hei o meu amor
Dar-te-hei meu coração
Tornar-me-hei um sofredor
Se houver de ti ilusão

Mesólise, mesólise

Odisséia em pé

Disse-me "está cedo" para que eu continuasse
Trata-me então como um desvendador de desejos
Fere-me a alma para que utilizasse
A minha boca para parar com teus arquejos

Descarrega teu libido em pura desconfiança
Eu já me sinto vazio perante tanto absurdo!
Sou o próprio vazio do absurdo de uma criança
Não rio, não choro mais! E continuo feio e surdo

Antes não mais risonho, que somente teu palhaço
Que de quimera me sufoca e de solidão espalha
Tua falta de ar me suprime e acelera meu passo
Suor me desce ao chão, preciso de uma toalha!

Intríseco do coração é nunca saber quando parar
Perante ao amor do outro que o tem para oferecer
Ode a teu peito, que de direito ainda é meu lar
E viva tua morada! Recanto de meu padecer...

10º andar

Parece que deu-se o remanso,
Você vinha pra me buscar
Eu estava até que bem manso
Com amargura e falta de ar

Pensei que pudesse ser asma,
Que fosse um ataque cardíaco
Te liguei para te ouvir pasma
E tu me chamou de maníaco

Larguei o solo às 3
Não sei mais de produtos
Não sei qual é minha vez
De sair pelos dutos

A cidade me oferece tanto lugar
E eu insisto em ficar em casa

Para ninguém ler.

Verificar ortografiaMe dá asas para fluir
E cantar o amor.
Não consigo para de ouvir a mesma música há horas, dias, anos, decênios, milênios... Eu nasci escutando ela, e parece que hei de perder a vida ouvindo-a. Seria a música que eu pediria para ser o compositor. Mas isso é relativo. Eu apenas vim para falar o que ninguém me pediu para que contasse. Me senti como se fosse o último apaixonado. O último mesmo. Achei que todos tinham morrido, e eu que eu iria morrer. Por momentos, eu pensei que estivesse me apaixonado outra vez... Coração bateu forte, as mãos não pararam de tremer, e de repente, eu senti toda vida passar, como se tivesse a obrigação de falar a última vez com as pessoas que eu considero importante. Depois eu descobri que eu podia largar desse sentimento. E então pareceu algum grande cavalo de pano (com em "A ciência do sono") e me levou para voar, para chorar, para brigar, para rir, para rir, e somente rir, depois me render para a saudade.
Poderia escrever os melhores textos, mas algo me fez ficar onde estava. Nunca cantei tão bem! Cantei como os melhores barítonos, passando por Thom Yorke, Eddie Vedder, Caleb Followhill e uma mistura ímpar de Johnny Cash e Bob Dylan. Quis que tivesse todos das minhas bandas, que poderei citar aqui (alguns):

-Rodrigo Gladstone (baixo - ST); André Sampaio (guitarra - ST); Felipe Tiengo (vocal - ST), Serginho (bateria - ST); MARCEL MENDES (gaita - porigons); Mattías (vocal - Daydreamers); Jair Farias (baixo - Daydreamers); Leonardo Figueredo (guitarra - Daydreamers); Felipe Cardoso (baixo - BDP); Karina Moritzen (vocal - BDP); Artur (bateria - BDP); Daniel (guitarra - BDP); Pedro Azevedo (percussão - IMA)

Tem mais alguns, que talvez tenha esquecido, mas com certeza me ensinaram bastante coisa. Imaginei todos eles em uma orquestra, onde eu que era o maestro. Mas eu estava tocando violão sentado, derrotado. Venci a todos, e na hora que mais precisei de aplausos, meus irmãos cantaram junto comigo.

Não direi mais o que tanto pensei, mas eu queria pedir para que o cavalo se liberte.


croc

Ah, mas que saudade...
Parece que nem sei de que é
Ainda penso em liberdade
E em ver-me livre da fé

Se isto fosse ladainha de cantador
Diria que quero ver-me livre do amor



O passado passou, em vão
E vão querer te tirar de mim
Mas isso não deixo, não!
Nem que me matem no fim
Nem que me arranquem o pulmão
Ou eu mesmo acabe assim
Fraco, perdendo respiração
Espero chegar um tufão
Para levar minha tristeza
E lavar o meu coração

Ainda penso em liberdade

Me entreguei a fuga de minha rotina esperando me encontrar livre, esperando não me ver esperando um certo som da máquina inventada por Graham Bell, achando que eu, assim, recuperaria o fôlego de andar sem medir meus passos, de dormir sem avaliar meus sonhos, de comer sem reparar na hora, nos minutos, nos recados, lembretes, memórias...

Não sei conversar
Nem convencer a mim mesmo
Marcaram um quiasmo em mim
Estou salvo,
Mas preso.

"Salvo" até o momento de considerar-me livre.
"Preso" quando percebi que não achei a tal liberdade.